A reconciliação farmacoterapêutica na otimização da terapia

Juliana dos Santos de Oliveira, Laura Vielmo, Sandra Trevisan Beck, Cláudia Sala Andrade, Luma Elsenbach Schutkoski, Marília Buss de Marchi, Andriely Bersch, Débora Hermes

Resumo


O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) passou a ter ações vinculadas à farmácia clínica a partir da inserção da equipe de residência multiprofissional, da qual faz parte o farmacêutico. Reconciliação Farmacoterapêutica (RF) permite detectar possíveis discrepâncias nas prescrições médicas, sendo estas discutidas com o prescritor. No período de maio a dezembro de 2015, foram realizadas 282 RF de pacientes vinculados a oito diferentes clínicas. Dentre estes pacientes, 141 utilizavam medicamentos antes da internação. Entre as diferentes discrepâncias detectadas 71% foram intencionais e 29% não intencionais. A discrepância intencional mais frequente neste estudo foi a não prescrição devido a situação clínica (80,64%). Já a discrepância não intencional foi a omissão de uso do medicamento pelo paciente (62%). Foram realizadas pela equipe clínica 93 intervenções farmacêuticas desencadeando ações que garantiram a segurança do paciente durante a internação. O maior desafio é a manutenção da RF de forma contínua e sistemática, fazendo com que esse processo seja reconhecido por todos os profissionais de saúde, a fim de aumentar a segurança e eficácia dos medicamentos prescritos entre as transições dos locais de cuidados, reduzindo os Problemas Relacionados a Medicamentos (PRMs). Os resultados apresentados são evidências sólidas da importância do farmacêutico na prática da RF, pois, permitiram identificar fragilidades no processo de uso de medicamentos, originando intervenções de impacto direto sobre a saúde dos pacientes.

 


Palavras-chave


Farmácia Hospitalar; Reconciliação Farmacoterapêutica; Farmácia Clínica;

Texto completo:

PDF

Referências


Cassiani SHB, Deus NN, Capucho HC. Administración segura de medicamentos. In: Cometto MC, organización. Enfermería y seguridade de los pacientes. Washington (EUA): Organización Panamericana de La Salud; 2011.

Vira T, Colquhoun M, Etchells E. Reconciliable differences: correcting medication errors at hospital admission and discharge. QualSaf Health Care 2006;15:122-26.

Anacleto TA, Rosa MB, Neiva HM, Martins MAP. Erros de medicação. Pharmacia Brasileira 2010;74:1–24.

Forster AJ, Murff HJ, Petersom JF, Gandhi TK, Bates DW. Adverse drug events occurring following hospital discharge. J GenIntern Med 2005;20:317-23.

Huber DL, Mcclelland E. Patient preferences and discharge planning transitions. J ProfNurs. 2003;19(4):204-10.

Nunes PH, Pereira BM, Nominato JC. Pharmaceutical intervention and prevention of drug related problems. Braz. J. Pharm. Sci, 2008;44(4):691-9.

Santos L, Torrian MS, Barros E. Medicamentos na prática da farmácia clínica. São Paulo: Artmed, 2013.

Aspden P, Wolcott J, Bootman JL, Cronenwett LR. Preventing medication errors. Quality chasm series. Washington (DC): The National Academies Press; 2007.

American Society of Health-System Pharmacists. ASHP statement on the pharmacist’s role in medication reconciliation. Am J Health-Syst Pharm. 2013;70:453–6.

Role of Pharmacist Counseling in Preventing Adverse Drug Events After Hospitalization Arch Intern Med. 2006;166(5):565-571.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2016 Juliana dos Santos de Oliveira, Laura Vielmo, Sandra Trevisan Beck, Cláudia Sala Andrade, Luma Elsenbach Schutkoski, Marília Buss de Marchi, Andriely Bersch, Débora Hermes

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.

 

Conselho Federal de Farmácia - CFF

SHIS QI 15 Lote "L" - Lago Sul - Brasília - DF - CEP: 71635-615

Fone: (61) 3878-8758

 

EXPERIÊNCIAS EXITOSAS DE FARMACÊUTICOS NO SUS