COMPLEXIDADE DA FARMACOTERAPIA EM IDOSOS ATENDIDOS EM UMA FARMÁCIA BÁSICA NO SUL DO BRASIL

Lisoni Muller Morsch, Cristiane Carla Dressler, Ana Paula Helfer Schneider, Ediberto de Oliveira Machado, Mariana Portela de Assis

Resumo


A complexidade de um tratamento farmacológico pode acarretar falta de adesão ao tratamento proposto e, consequentemente, prejuízos na recuperação da saúde do paciente. O objetivo foi avaliar a complexidade do regime terapêutico utilizado pelos idosos atendidos na Farmácia Básica de Santa Cruz do Sul - RS e os fatores associados. Foi feito um estudo transversal, com coleta de dados no período de Agosto a Setembro de 2014, por meio de entrevista individual com questionário semiestruturado contendo variáveis sociodemográficas, comportamentais, de saúde e da farmacoterapia. O índice de complexidade terapêutico (ICT) foi obtido por meio de medida direta das ações necessárias para administrar o medicamento. Foram entrevistados 300 idosos, sendo que 76,7% do sexo feminino, 70% tinham idade de 60 a 69 (± 6) anos e 77% realizaram consulta médica nos últimos seis meses. Dentre as doenças referidas destacaram-se hipertensão (44,3%), depressão (43%), colesterol elevado (32%), diabetes (21%) e osteoporose (20,7%). Nos 15 dias anteriores à entrevista, foram utilizados 1088 medicamentos pelos idosos entrevistados [média = 3,6 (± 1,74)]. O ICT variou de 1 a 30 [(média = 6,67 (± 5,35)], apresentando associação estatisticamente significativa (p < 0,05) com o sexo feminino, doenças referidas (diabetes, colesterol elevado, osteoporose, bronquite, hipertensão), tomar várias medicações ao mesmo tempo e a não adesão ao tratamento. A avaliação da complexidade da farmacoterapia torna-se prática necessária e importante para a recuperação e manutenção da saúde do idoso. A simplificação dos regimes terapêuticos pode melhorar a adesão à medicação e trazer benefícios no resultado da terapia, permitindo um entendimento e uma aproximação mais precisa do idoso com seu tratamento.


Palavras-chave


Idosos, Farmacoterapia, Adesão à medicação

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DOI: http://dx.doi.org/10.14450/2318-9312.v27.e4.a2015.pp239-247

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