FARMACOVIGILANCIA DE FITOTERÁPICOS EM UMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA BRASILEIRA: MECANISMO DE APERFEIÇOAMENTO DOS PRODUTOS

Fabiane Sobrinho de Abreu, Regina Braga de Moura

Resumo


A utilização dos fitoterápicos tem como base a tradição popular e é considerada uma opção terapêutica à utilização da medicina convencional. Erroneamente diz-se que o uso desses medicamentos é isento de reações adversas, porém, se não forem utilizados com orientação adequada, podem gerar efeitos nocivos ao organismo. Os medicamentos de forma geral, após serem lançados no mercado, podem provocar reações adversas inesperadas sendo necessário assim, o trabalho da farmacovigilância. Este trabalho teve como objetivo levantar os casos de reações adversas provocadas com a utilização de medicamentos fitoterápicos produzidos por um laboratório nacional sediado no Rio de Janeiro. Um estudo descritivo, retrospectivo, transversal e quantitativo, foi realizado utilizando a base de dados de notificações espontâneas de reações inesperadas da referida indústria, no período de dezoito meses. Durante o período levantado, houve um total de trinta e duas notificações distribuídas entre seis fitoterápicos contendo: Trifolium pratense L, Pinus pinaster Aiton, Hedera helix L., Tribullus terrestris L., Pelargonium sidoides DC., Cimicifuga racemosa (L.) Nutt. A reação adversa mais relatada, independente da espécie vegetal utilizada foi alergia. Usuários com idade acima de cinquenta anos predominaram nos relatos, provenientes principalmente da região Sudeste. Conclui-se que a maioria dos medicamentos fitoterápicos produzidos e distribuídos pela indústria é segura e eficaz para o tratamento das patologias a que se destinam. Para que haja um melhor contato entre o notificador e o prescritor, é importante a divulgação da farmacovigilância de fitoterápicos entre os profissionais da Saúde. Dessa forma, é possível conhecer os efeitos nocivos, permitindo ações de aprimoramento do medicamento, e garantindo sua eficácia e segurança.

Palavras-chave


Fitoterapia, Eventos adversos, Medicamento Fitoterápico

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DOI: http://dx.doi.org/10.14450/2318-9312.v26.e3.a2014.pp149-156

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