Políticas De Saúde No Contexto Brasileiro Uma Questão Inadiável Na Formação do Profissional Farmacêutico.

Resumo

Sensibilizados pelas disposições contidas na base legal que trata e institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para formação acadêmica, na área da Farmácia, entendemos ser oportuno abordar questões inseridas no Parecer 1.300/01 e na Resolução nº 2/02, os quais enfocam o perfil profissional bem como as competências e as habilidades que devem ser desenvolvidas em consonância com os pressupostos do Sistema Único de Saúde (SUS), idealizado pelo processo da Reforma Sanitária Brasileira.

Dessa perspectiva, colocamos em evidência a temática que trata das políticas de saúde, uma vez que constituem-se premissas de formação acadêmica, não apenas na área farmacêutica, mas em todo o campo da saúde. Por conseguinte, torna-se indispensável conhecer e compreender a política de saúde vigente, sem contudo desconsiderar o caráter das propostas assistenciais que a antecederam, o que se faz imprescindível para intervir nos problemas/ situações de saúde-doença mais prevalentes no contexto onde o profissional se insere.

Lembramos, ainda, que tal consideração vai ao encontro das discussões pautadas nas Conferências Nacionais da Educação Farmacêutica, realizadas, em Brasília, nos anos de 2000 e 2001, que, em seus relatórios finais, recomendam a inserção de conhecimentos de políticas de saúde nos currículos dos cursos de Farmácia.

Face ao exposto, o referido texto propõe-se a apresentar os diferentes períodos constitutivos da evolução das políticas de saúde, no Brasil, afim de que venha suscitar reflexões fundamentais, tanto para a caminhada acadêmica, quanto para o exercício profissional comprometido com a problemática sócio-sanitária do País, tal como está propalado nas Diretrizes Curriculares supramencionadas.