Uso off-label de medicamentos em pediatria: uma reflexão a respeito dos aspectos para o uso racional.

Bruna Alves dos Santos Barbosa, Beatriz de Oliveira Guimarães, Ellen Lorrany Ximenes Teixeira, Isabela Sousa De Lima, Esaú Miarfe de Jesus Silva, Lucas Assis Alves Costa, Felipe Rodrigues de Sousa, Amanda Lopes Batista, Lorrayne Pereira Dias, Marayane Kálita Will Silva, Patrícia Dias da Silva, Dayani Galato

Resumo


Introdução: o uso off-label de medicamentos na pediatria é frequente e, dependendo do cenário, pode ser inevitável, sendo assim é importante garantir que haja racionalidade no seu uso. Objetivo: descrever aspectos para garantir o uso racional off-label de medicamentos na pediatria. Métodos: foi realizada uma revisão integrativa adotando-se a base de dados PubMed/Medline e documentos de sites de organizações governamentais e científicas. Para auxiliar na revisão dos artigos identificados na busca foi adotado o programa Rayyan®. Os aspectos foram classificados entre individuais e coletivos e considerou-se pacientes pediátricos aqueles com até 18 anos. Resultados: Foram incluídos 27 documentos na revisão. Os tipos de uso off-label são aqueles de: rotina; uso excepcional/individual; uso condicional com evidências em desenvolvimento; uso em investigação (que requer a avaliação por um comitê de ética) e; uso não recomendado.  Os aspectos identificados como individuais estavam relacionados com: seleção; dispensação e garantia de acesso; administração e; avaliação das etapas de uso. Além disso, neste processo de uso racional, há perguntas que podem nortear a equipe de saúde no melhor uso dos medicamentos. Os aspectos coletivos identificados estavam relacionados a ações a serem desenvolvidas: pela equipe que presta o cuidado ao paciente pediátrico; pelas instituições sanitárias e governamentais; pelas instituições de ensino; pelas indústrias de medicamentos; pelos grupos de pesquisa e; pela população. Observou-se que o farmacêutico deve ter atribuições para a promoção do uso racional off-label de medicamentos na pediatria, entre elas: atuar em pesquisas; participar da elaboração e revisão de bulas; fazer a análise crítica e a documentação do uso dos medicamentos, o que inclui o processo de notificação; participar da elaboração de documentos para o uso como guias e protocolos; elaborar guias de manipulação; desenvolver ações educativas relacionadas ao tema junto a prescritores e escolas, e; realizar orientações aos pacientes e responsáveis. Conclusão: Há aspectos individuais a serem aplicados a cada paciente pediátrico para a promoção do uso racional de medicamentos de forma off-label, estes aspectos podem estar distribuídos em várias etapas do ciclo de uso dos medicamentos. Também se observou que na literatura há muitos aspectos coletivos para promover o uso racional, e estas estratégias envolvem um ou diversos stakeholders.


Palavras-chave


pediatria; Uso Off-Label; Uso de medicamentos

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DOI: http://dx.doi.org/10.14450/farmacoterapeutica.2023273073

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Direitos autorais 2023 Bruna Alves dos Santos Barbosa, Beatriz de Oliveira Guimarães, Ellen Lorrany Ximenes Teixeira, Isabela Sousa De Lima, Esaú Miarfe de Jesus Silva, Lucas Assis Alves Costa, Felipe Rodrigues de Sousa, Amanda Lopes Batista, Lorrayne Pereira Dias, Marayane Kálita Will Silva, Patrícia Dias da Silva, Dayani Galato

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