POSSÍVEIS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES POLIMEDICADOS DE NOVO HAMBURGO, RS, BRASIL

Denis Tasso da Silva, César Augusto Miorelli Campos, Tainara Gomes Vargas, Ana Luiza Ziulkoski, Letícia Hoerbe Andrighetti, Magda Susana Perassolo

Resumo


A expectativa de vida da população mundial tem aumentado e consequentemente, tem ocorrido aumento no nível de doenças crônico degenerativas e acréscimo no uso concomitantemente de medicamentos, caracterizando a polifarmácia, o que aumenta o risco de interações medicamentosas (IM). Desta forma, este trabalho teve como objetivo identificar possíveis IM entre os medicamentos utilizados por um grupo de pacientes polimedicados de Novo Hamburgo, RS. Foi realizado um estudo transversal com voluntários de um projeto de pesquisa durante sua entrevista inicial. Foram avaliados dados sócio-demográficos, patologias, medicamentos utilizados e suas IM. As doenças de base foram  classificadas de acordo com o código internacional de doenças (CID-10) e os medicamentos utilizados classificados conforme os padrões Anatomical Therapeutic Chemical (ATC). As IM foram identificadas e classificadas conforme literatura e pelo sistema Micromedex®. Participaram do estudo 67 pacientes (62±9 anos, maioria do sexo feminino,74,6%), sendo que 76,1% dos pacientes apresentaram probabilidade de desenvolverem algum tipo de IM. Ao todo foram identificadas 157 possíveis IM, sendo 3,0±2,2 interações por paciente. Destas, 69,4% foram consideradas moderadas, 19,8% graves e 10,8% leves. 51,6% das interações ocorrem por mecanismo farmacodinâmico, 31,9% farmacocinético e 16,5% apresentam ambos mecanismos. A IM mais prevalente foi entre ácido acetilsalicílico e hidroclorotiazida. A maioria das IM identificadas foi do tipo grave ou moderada, com riscos consideráveis à saúde do paciente. Assim, as IM identificadas podem comprometer a segurança do paciente, evidenciando a relevância deste tema e a necessidade de avaliar e monitorar a terapêutica medicamentosa.


Palavras-chave


doenças crônicas, polifarmácia, interação medicamentosa

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DOI: http://dx.doi.org/10.14450/2318-9312.v30.e1.a2018.pp21-29

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