Uso off-label de medicamentos em pediatria: uma reflexão a respeito dos aspectos para o uso racional.
DOI:
https://doi.org/10.14450/farmacoterapeutica.2023273073Palavras-chave:
pediatria, Uso Off-Label, Uso de medicamentosResumo
Introdução: o uso off-label de medicamentos na pediatria é frequente e, dependendo do cenário, pode ser inevitável, sendo assim é importante garantir que haja racionalidade no seu uso. Objetivo: descrever aspectos para garantir o uso racional off-label de medicamentos na pediatria. Métodos: foi realizada uma revisão integrativa adotando-se a base de dados PubMed/Medline e documentos de sites de organizações governamentais e científicas. Para auxiliar na revisão dos artigos identificados na busca foi adotado o programa Rayyan®. Os aspectos foram classificados entre individuais e coletivos e considerou-se pacientes pediátricos aqueles com até 18 anos. Resultados: Foram incluídos 27 documentos na revisão. Os tipos de uso off-label são aqueles de: rotina; uso excepcional/individual; uso condicional com evidências em desenvolvimento; uso em investigação (que requer a avaliação por um comitê de ética) e; uso não recomendado. Os aspectos identificados como individuais estavam relacionados com: seleção; dispensação e garantia de acesso; administração e; avaliação das etapas de uso. Além disso, neste processo de uso racional, há perguntas que podem nortear a equipe de saúde no melhor uso dos medicamentos. Os aspectos coletivos identificados estavam relacionados a ações a serem desenvolvidas: pela equipe que presta o cuidado ao paciente pediátrico; pelas instituições sanitárias e governamentais; pelas instituições de ensino; pelas indústrias de medicamentos; pelos grupos de pesquisa e; pela população. Observou-se que o farmacêutico deve ter atribuições para a promoção do uso racional off-label de medicamentos na pediatria, entre elas: atuar em pesquisas; participar da elaboração e revisão de bulas; fazer a análise crítica e a documentação do uso dos medicamentos, o que inclui o processo de notificação; participar da elaboração de documentos para o uso como guias e protocolos; elaborar guias de manipulação; desenvolver ações educativas relacionadas ao tema junto a prescritores e escolas, e; realizar orientações aos pacientes e responsáveis. Conclusão: Há aspectos individuais a serem aplicados a cada paciente pediátrico para a promoção do uso racional de medicamentos de forma off-label, estes aspectos podem estar distribuídos em várias etapas do ciclo de uso dos medicamentos. Também se observou que na literatura há muitos aspectos coletivos para promover o uso racional, e estas estratégias envolvem um ou diversos stakeholders.
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