O USO DE PSICOFÁRMACOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL INFANTIL
DOI:
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v31.e3.a2019.pp210-218Palavras-chave:
psicotrópicos, medicalização, criança, adolescenteResumo
Nas últimas décadas houve um aumento significativo de crianças e adolescentes submetidas a tratamento psicofarmacológico. Há um crescente número de medidas interventivas médico-pedagógicas, a partir da proliferação de diagnósticos e prescrições de medicamentos para esta parcela da população. Assim, o objetivo foi verificar a utilização de psicofármacos por crianças e adolescentes de um Centro de Atenção Psicossocial Infantil (CAPSi), por meio de uma pesquisa retrospectiva e transversal, com dados de 319 prontuários de um CAPSi da região norte do Rio Grande do Sul, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Entre as crianças e adolescentes que frequentavam o CAPSi 66,7% faziam uso de psicofármacos, entre eles, os mais prescritos foram o antipsicótico risperidona com 36,3% e o estimulante metilfenidato 15,8%. A maioria dos usuários de psicofármacos era do sexo masculino (44,5%), com maior prevalência de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (17,9%) e sintomas depressivos (8,5%), encaminhados pelo Centro Municipal de Atendimento Especializado (27,3%) e Conselho Tutelar )16,6%). Portanto, este estudo revelou um uso elevado de psicofármacos e, consequentemente, medicamentos usados com hipóteses diagnósticas ou sem um diagnóstico, tratando sintomas advindos de demanda escolar e familiar.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons by NC ND que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).