PROBLEMAS DE QUALIDADE DE INSUMOS VEGETAIS NO SETOR MAGISTRAL BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA LITERATURA E DE CERTIFICADOS DE FARMÁCIAS DE MARINGÁ, PARANÁ, BRASIL

Autores

  • Naiara Cássia Gancedo Laboratório de Biologia Farmacêutica, Palafito, Departamento de Farmácia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá, PR, 87020-900 http://orcid.org/0000-0002-0933-6649
  • João Carlos Palazzo de Mello Laboratório de Biologia Farmacêutica, Palafito, Departamento de Farmácia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá, PR, 87020-900 http://orcid.org/0000-0002-7532-3395
  • Tania Mari Bellé Bresolin Curso de Farmácia, Curso de Biomedicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Rua Uruguai, 458, Itajaí, SC, 88302-901 http://orcid.org/0000-0002-4200-9201

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e3.a2023.pp435-443

Palavras-chave:

farmacognosia

Resumo

O setor magistral apresenta um crescimento consistente no mercado farmacêutico brasileiro e a questão da qualidade de insumos vegetais, em sua maioria importados, representa uma preocupação à medida em que vem aumentando a demanda por produtos magistrais, por parte de profissionais  farmacêuticos, médicos, nutricionistas, entre outros. Este trabalho visou, inicialmente, levantar dados da literatura sobre a qualidade de insumos vegetais magistrais e, em um segundo momento, analisar o resultado dos serviços analíticos prestado pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) no controle de qualidade destes insumos, para farmácias magistrais, entre 11/2020 a 12/2022. Foram encontrados 14 artigos utilizando as palavras-chaves selecionadas, destes, 7 artigos atendiam aos critérios de inclusão, revelando a escassez deste tipo de estudo. No período de 25 meses, 36 insumos vegetais foram analisados pelo laboratório PALAFITO da UEM. A maioria das amostras foram aprovados, porém cerca de 14% (n=5) foram reprovadas, sendo 5,6% (n=2) devido à ausência do marcador. Estes resultados revelam a fragilidade do processo de qualificação de fornecedores pelo setor magistral ou ausência do processo. Em vários casos, foram evidenciados problemas relacionados a ensaios não realizados pelas farmácias, uma vez que seus fornecedores tenham sido qualificados.Palabraschaves: farmácia clínica; cuidado farmacêutico; educação farmacêutica; farmácia prática; serviços farmacêuticos; farmacêutico clínico.

Biografia do Autor

Naiara Cássia Gancedo, Laboratório de Biologia Farmacêutica, Palafito, Departamento de Farmácia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá, PR, 87020-900

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2012-2016) e mestrado em Ciências Farmacêuticas pela mesma instituição (2017-2019). Atualmente, é professora assistente do Departamento de Farmácia da UEM (2021-atual). Desde 2019 realiza doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PCF-UEM), com orientação do Prof. Dr. João Carlos Palazzo de Mello e coorientação do Prof. Dr. Celso Vataru Nakamura. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Farmacognosia, atuando nas seguintes áreas: morfologia, anatomia, fitoquímica, controle de qualidade de espécies de plantas medicinais, e cultura de células para atividades antitumorais. É membro associada da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (2020-atual) e da Sociedade Brasileira de Farmacognosia (2017-atual). Foi membro da Comissão Acadêmica Local (CAL/UEM) do grupo Conselho Regional de Farmácia Júnior (CRF-PR Júnior) (2015-2016).

João Carlos Palazzo de Mello, Laboratório de Biologia Farmacêutica, Palafito, Departamento de Farmácia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade Estadual de Maringá (UEM). Av. Colombo, 5790 - Zona 7, Maringá, PR, 87020-900

Possui graduação em Farmácia pela Universidade Estadual de Maringá (1983), mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989) e doutorado em Ciências Naturais - Universität Münster (Westfälische-Wilhelms Universität) (1995). Atualmente é Professor Titular no Departamento de Farmácia da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Iniciou as atividades na Universidade Estadual de Maringá em março de 1986, desde então como Professor em Farmacognosia, e é responsável pelo Laboratório de Biologia Farmacêutica, Palafito. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Fitoquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: taninos condensados (isolamento e identificação estrutural), atividade antimicrobiana, atividade antiviral, ação cicatrizante, atividade antioxidante de extratos, entre outras atividades farmacológicas (em parceria) e substâncias isoladas de diversas espécies da biodiversidade brasileira. Além dos temas acima, trabalha também em processos analíticos e de validação de extratos vegetais, bem como com cultura de células para atividades antitumorais e doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson. Foi membro da Comissão da Farmacopeia Brasileira de 1995 a 2010, bem como de alguns Comitês Temáticos. Atualmente atua no Comitê Técnico Temático de Plantas Medicinais da Farmacopeia Brasileira (desde 2021). Foi Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UEM, e é membro associado da Sociedade Brasileira de Farmacognosia, Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas, Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais, Gesellschaft für Arzneipflanzenforschung da Alemanha e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. Foi membro suplente no CA-Farmácia do CNPq no período de 2010 a 2013. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Farmacognosia (1998 a 2003) e da Associação Brasileira de Ciências Farmacêuticas (2014 a 2016). Foi Chefe do Departamento de Farmácia de julho de 2014 a julho de 2018. Foi representante do Departamento de Farmácia no Conselho Universitário da UEM. Desde outubro de 2019 é Editor Chefe da Revista Brasileira de Plantas Medicinais/Brazilian Journal of Medicinal Plants.

Tania Mari Bellé Bresolin, Curso de Farmácia, Curso de Biomedicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Rua Uruguai, 458, Itajaí, SC, 88302-901

Farmacêutica industrial (UFPR - 1990) concluiu o doutorado em Ciências (Bioquímica) pela Universidade Federal do Paraná em 1998, com bolsa sanduíche no "Centre de Recherche sur les Macromolécules Végétales - CERMAV, em Grenoble (França). Foi Professora do Departamento de Farmácia da UFPR, de 1994-2000, Foi coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas (PPGCF) Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) de 2003-2015. Atualmente é professora do Curso de Farmácia e docente do PPGCF da UNIVALI. Colaborou com o projeto de revisão das monografias da Farmacopéia Brasileira, foi avaliadora do INEP para reconhecimento de cursos de graduação. Atua na área de Farmácia, com ênfase na Análise e Controle de Fármacos e Medicamentos, CLAE e Validação Analítica, parceria Universidade-Empresa no desenvolvimento de fitoterápicos e fitocosméticos.

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Publicado

2023-10-06

Como Citar

Gancedo, N. C., de Mello, J. C. P., & Bresolin, T. M. B. (2023). PROBLEMAS DE QUALIDADE DE INSUMOS VEGETAIS NO SETOR MAGISTRAL BRASILEIRO: UMA ANÁLISE DA LITERATURA E DE CERTIFICADOS DE FARMÁCIAS DE MARINGÁ, PARANÁ, BRASIL. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 35(3), 435–443. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e3.a2023.pp435-443

Edição

Seção

Artigo Original