Uso de tecnologia digital na promoção da adesão a psicofármacos durante a pandemia Covid-19
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Palavras-chave

adesão ao tratamento
uso de psicofármacos
farmácia clínica

Como Citar

Oliveira, J. D., & Rondon, M. J. C. (2022). Uso de tecnologia digital na promoção da adesão a psicofármacos durante a pandemia Covid-19. Experiências Exitosas De Farmacêuticos No SUS, 7(7), 115–120. https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp115-120

Resumo

A pandemia de Covid-19, causada pelo SARS-CoV-2, vem produzindo repercussões de ordem biomédica e epidemiológica, mundialmente. Diante do contexto de lockdown prolongado, do adiamento de consultas médicas e da dispensação de medicamentos sujeitos a controle especial para seis meses, surgiu a preocupação com a adesão ao tratamento de pacientes psiquiátricos. O objetivo do trabalho foi descrever a experiência do uso de ferramenta digital na promoção da adesão aos psicofármacos entre pacientes atendidos pela equipe da Unidade de Saúde da Família (USF) São Francisco em Campo Grande – MS, durante a pandemia de Covid-19, no ano de 2021. A USF localiza-se na região norte da cidade, no Distrito Sanitário Segredo, pertencente à Secretaria Municipal de Campo Grande (MS), e ao todo foram mobilizados 210 pacientes adscritos à USF em uso de  psicofármacos. No entanto, 190 desses usuários participaram efetivamente do trabalho. Utilizou-se o instrumento digital do Google, que foi formatado para levantar os índices de adesão ao uso diário de psicotrópicos nos meses de fevereiro, março e abril de 2021. A farmacêutica formatou e preencheu o instrumental Google forms com informações de adesão a medicamentos e que também permitiam rastrear o endereço do paciente, a fim de que em tempo hábil pudesse fazer busca ativa desses pacientes para obter a  transcrição da receita e dar continuidade aos medicamentos de uso contínuo. A profissional articulou com técnicos, enfermeiros, médicos e agentes comunitários (que visitam o paciente em sua residência), e lançou mão do uso de mídias sociais quando os atendimentos ambulatoriais precisaram ser suspensos. Mensalmente, 36,84% dos pacientes efetivamente contatados tiveram a possibilidade de transcrição da receita. O interfaceamento de várias tecnologias, mesmo em pequena escala, demonstrou que foi possível garantir o uso de psicofármacos para um grupo de indivíduos, contando com a iniciativa e esforço dos profissionais da USF, além do engajamento dos pacientes. 

https://doi.org/10.14450/2526-2858.v7.e7.a2021.pp115-120
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