USO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS ENTRE IDOSOS EM UM HOSPITAL GERAL BRASILEIRO

Autores

  • Daiane Celly Guimarães e Silva Federal University of São João del-Rei, UFSJ Campus Centro-Oeste Dona Lindu R. Sebastião Gonçalves Coelho, 400 - Chanadour, Divinópolis - MG, 35501-296
  • Mariana Linhares Pereira Federal University of São João del-Rei, UFSJ Campus Centro-Oeste Dona Lindu R. Sebastião Gonçalves Coelho, 400 - Chanadour, Divinópolis - MG, 35501-296
  • Danielly Botelho Soares Centro de Pesquisas René Rachou Fundação Oswaldo Cruz (CPqRR/FIOCRUZ)
  • Antônio Ignácio Loyola-Filho René Rachou Research Center/Oswaldo Cruz Foundation, CPqRR/FIOCRUZ Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-002
  • Mariana Martins Gonzaga Nascimento René Rachou Research Center/Oswaldo Cruz Foundation, CPqRR/FIOCRUZ Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-002

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v28.e1.a2016.pp27-32

Palavras-chave:

idosos, prescrição inadequada, polifarmácia, envelhecimento, farmacoepidemiologia

Resumo

 O objetivo deste estudo foi determinar o perfil da farmacoterapia utilizada por idosos hospitalizados. Foi realizado um estudo transversal em hospital brasileiro geral filantrópico. As prescrições de pacientes idosos hospitalizados (idade ≥ 60 anos), datadas a partir de maio a setembro de 2010 foram a fonte de dados para este estudo e foram analisadas retrospectivamente (n=1.783). A prática de polifarmácia (consumo de 5 ou mais medicamentos) e uso de medicamentos potencialmente inadequados (MPI - de acordo com o critério de Beers) foram identificados. As associações entre gênero, idade, admissão para doença cardiovascular ou tempo de estadia hospitalar e polifarmácia ou uso de MPI foram analisadas por meio de análise univariada (teste do qui-quadrado de Pearson). A associação entre polifarmácia e MPI prescrição também foi avaliada. Durante o período do estudo, 204 idosos foram hospitalizados (idade média=75 anos). Os medicamentos mais prescritos agiam sobre o sistema cardiovascular (29%) e sistema digestório e metabolismo (26%). Cerca de 90% dos idosos praticavam polifarmácia e 59% usavam pelo menos um MPI. A estada hospitalar de cinco dias ou mais foi associada a polifarmácia e uso de PIM. Este estudo permitiu o diagnóstico de um perfil de utilização de medicamentos preocupante. Assim, surge a necessidade de implementação de estratégias para melhorar a prescrição geriátrica.

Biografia do Autor

Daiane Celly Guimarães e Silva, Federal University of São João del-Rei, UFSJ Campus Centro-Oeste Dona Lindu R. Sebastião Gonçalves Coelho, 400 - Chanadour, Divinópolis - MG, 35501-296

possui graduação em Farmácia com habilitação: Farmacêutica Industrial pela Universidade Federal de Minas Gerais (1998) e mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006). É aluna do Programa de Pós Graduação em Medicamentos e Assistência Farmacêutica, nível doutorado na UFMG. Atualmente é Professora Assistente III e coordenadora do Curso de Farmácia da Universidade Federal de São João Del Rei. Foi professora e supervisora de estágio do curso de graduação em Farmácia no Centro Universitário UNA, professora assistente e supervisora de estágio da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira, e professora adjunta do Centro Universitário Newton Paiva Ferreira. Tem experiência na área de Farmácia, com ênfase em Medicamentos, atuando principalmente nas seguintes áreas: assistência e atenção farmacêutica, pesquisa qualitativa, medicamentos genéricos e saúde coletiva.

Mariana Linhares Pereira, Federal University of São João del-Rei, UFSJ Campus Centro-Oeste Dona Lindu R. Sebastião Gonçalves Coelho, 400 - Chanadour, Divinópolis - MG, 35501-296

Mestre em Medicamentos e Assistência Farmacêutica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com projeto voltado para farmácia clínica no âmbito de cuidados intensivos. Graduada em Farmácia pela Universidade Federal São João del Rei (UFSJ). Atuou junto ao ISMP em estudo relacionado a segurança na utilização de medicamentos injetáveis. Experiência como farmacêutica hospitalar no Hospital Municipal e Maternidade de Ibirité (2014) e no Hospital Semper (2014/2015). Atualmente, atua como farmacêutica no Biocor Instituto.

Danielly Botelho Soares, Centro de Pesquisas René Rachou Fundação Oswaldo Cruz (CPqRR/FIOCRUZ)

possui graduação em Farmácia - Habilitação Farmácia Insustrial pela Universidade Federal de Ouro Preto (2009), especialização em Farmácia Hospitalar e Serviço de Saúde em andamento pela Universidade Estadual de Montes Claros. Tem experiência na área de Farmácia Hospitalar e atualmente é farmacêutica responsável técnica da S.B.S.C. Hospital Monsenhor Horta.

Antônio Ignácio Loyola-Filho, René Rachou Research Center/Oswaldo Cruz Foundation, CPqRR/FIOCRUZ Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-002

Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (antiga Faculdade Federal de Odontologia de Diamantina) em 1980, mestrado em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (2001) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006). Atualmente é pesquisador/professor do Centro de Pesquisas René Rachou (FIOCRUZ) e professor da Escola de Enfermagem (Depart. Enfermagem Aplicada) da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Saúde Coletiva, com ênfase em Epidemiologia, com interesse e atuação principalmente nos seguintes temas: epidemiologia, saúde de idosos, farmacoepidemiologia e saúde bucal.

Mariana Martins Gonzaga Nascimento, René Rachou Research Center/Oswaldo Cruz Foundation, CPqRR/FIOCRUZ Av. Augusto de Lima, 1715 - Barro Preto, Belo Horizonte - MG, 30190-002

Doutoranda em Ciências da Saúde pela FIOCRUZ/CPqRR (Fundação Oswaldo Cruz/Centro de Pesquisa René Rachou). Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ). Especialista em Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES) com monografia de conclusão premiada pelo Ministério da Saúde. Graduada em Farmácia (habilitação em indústria) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente é professora substituta da Faculdade de Farmácia da UFMG e membro do conselho científico do Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP Brasil).

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Publicado

2016-03-31

Como Citar

Guimarães e Silva, D. C., Pereira, M. L., Soares, D. B., Loyola-Filho, A. I., & Nascimento, M. M. G. (2016). USO DE MEDICAMENTOS POTENCIALMENTE INADEQUADOS ENTRE IDOSOS EM UM HOSPITAL GERAL BRASILEIRO. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 28(1), 27–32. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v28.e1.a2016.pp27-32

Edição

Seção

Artigo Original