PRODUÇÃO DE CEPAS VACINAIS DO VÍRUS DA CAXUMBA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Andressa Dias da Silva Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Endereço: Av. Universidade das Missões, 464 - Universitário, Santo Ângelo - RS, 98802-470 Telefone: (55) 3313-7900 http://orcid.org/0000-0003-4133-8027
  • Leticia Beatriz Matter Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Endereço: Av. Roraima, 1000 - Camobi, Santa Maria - RS, 97105-900 Telefone: (55) 3220-8000 http://orcid.org/0000-0001-8137-9291

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e1.a2020.pp6-12

Palavras-chave:

Vírus da caxumba, vacina da caxumba, caxumba.

Resumo

Diante do aumento do relato de casos de caxumba ocorridos em 2017 e 2018 no Brasil e no mundo, considerou‑se importante realizar uma revisão de literatura sobre o processo usado para a obtenção da cepa vacinal do vírus da caxumba e a segurança e a eficácia do tipo vacinal. A pesquisa foi realizada a partir da literatura selecionada em bases de dados como LILACS, SciELo, Medline e em notas técnicas de Instituições oficiais governamentais. Constatou‑se que as cepas vacinais do vírus da caxumba foram obtidas por atenuação, envolvendo passagens em ovos embrionados e/ou cultura de células. Um amplo levantamento bibliográfico da produção das cepas, mostrou que as principais cepas relacionadas às vacinas para a caxumba são: Jeryl Lynn, Leningrado‑3, Leningrado‑3‑Zagreb, Urabe e Rubini. Destas, a vacina com a cepa Jeryl Lynn apresenta maior proteção (83‑88%) após duas doses, além de possuir o menor índice de reações adversas entre todas. As vacinas com as cepas Leningrado‑3 e Leningrado‑3‑Zagreb apresentam boa eficácia protetora que varia de 87‑100%, porém, casos de meningite asséptica após a aplicação da vacina foram constatados. Já a vacina com a cepa Urabe é bastante efetiva, tendo eficácia clínica de 70‑75% com apenas uma dose, porém, apresenta maior potencial reatogênico. A vacina com a cepa Rubini, por sua vez, é a menos efetiva, apresentando 12,4% de eficácia. A cepa Jeryl Lynn é considerada uma das alternativas mais seguras e eficazes como cepa vacinal, apresentando menor reatogenicidade. A cepa vacinal RIT 4385, derivada da cepa Jeryl Lynn, é a cepa usada nas vacinas para a caxumba no Brasil.

Biografia do Autor

Andressa Dias da Silva, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) Endereço: Av. Universidade das Missões, 464 - Universitário, Santo Ângelo - RS, 98802-470 Telefone: (55) 3313-7900

Acadêmica do Curso de Farmácia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). É bolsista do projeto PET Saúde Interprofissionalidade. Também é auxiliar no setor de produção e controle de qualidade de produtos cosméticos da empresa VITAVET farmacêutica da cidade de Santo Ângelo/RS.

Leticia Beatriz Matter, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Endereço: Av. Roraima, 1000 - Camobi, Santa Maria - RS, 97105-900 Telefone: (55) 3220-8000

Possui graduação em Farmácia Bioquímica (UFSM), mestrado em Microbiologia Agrícola e do Ambiente (UFRGS) e doutorado em Biologia celular e Molecular (UFRGS). Foi coordenadora do curso de Farmácia da URI responsável pela implantação do Projeto Político Pedagógico do curso, montagem dos laboratórios, estruturação do corpo docente e avaliação in loco realizada pelo MEC. Tem experiência na área de Microbiologia, Imunologia e Biologia Celular e Molecular, atuando principalmente nos seguintes temas: resistência bacteriana, controle microbiológico, infecção hospitalar, identificação bacteriana por 16S rDNA, interação patógeno e hospedeiro e interação bactéria e ambiente. Fez seu Pós-doutorado na Universidade Federal de Santa Maria (Medicina Veterinária) com a professora Agueda Vargas e na Universidade da Flórida (EUA) com o Professor Jorge Giron (Departamento de Microbiologia e Genética Molecular, Medicina).

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Publicado

2020-06-01

Como Citar

da Silva, A. D., & Matter, L. B. (2020). PRODUÇÃO DE CEPAS VACINAIS DO VÍRUS DA CAXUMBA: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 32(1), 6–12. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e1.a2020.pp6-12

Edição

Seção

Artigo de Revisão