MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS E COVID-19: MANEJO TERAPÊUTICO

Autores

  • Victor Hugo Schaly Cordova Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, Porto Alegre-RS. Av. Ipiranga, 2752 - Azenha, Porto Alegre - RS, 90610-000 http://orcid.org/0000-0001-6147-1250
  • Paulo Silva Belmonte-de-Abreu Faculdade de Medicina UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS R. Ramiro Barcelos, 2400 - Santa Cecília CEP: 90035-002 http://orcid.org/0000-0002-2853-2004

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e2.a2023.pp148-190

Palavras-chave:

esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão, psicofármacos, COVID-19, SARS-CoV-2

Resumo

No mês de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou estado de pandemia, em decorrência do vírus SARS-CoV-2/COVID-19. No início de 2021 foram registrados 83.715.617  casos confirmados e 1.835.901 mortes por COVID-19. Desse modo, mundialmente há um esforço no sentido de desenvolver protocolos eficazes para o tratamento dessa doença. Uma das dificuldades encontradas é devida à heterogeneidade com o qual a COVID-19 afeta diferentes pacientes, devido a comorbidades. A não existência de medicamentos específicos no tratamento da COVID-19 é preocupante. Esse quadro se torna ainda mais grave quando consideramos possíveis interações entre esses medicamentos e os já utilizados previamente pelos pacientes, principalmente os de uso crônico. Nesse contexto, se enquadram os pacientes que possuam transtornos psiquiátricos, como transtorno depressivo maior, transtorno afetivo bipolar e esquizofrenia. Essa revisão teve como objetivo comparar diferentes protocolos farmacoterapêuticos no tratamento da COVID-19 em diferentes estágios quanto à sua segurança e eficácia em pacientes em tratamento para depressão, transtorno bipolar e esquizofrenia. Foi feita uma revisão em uma base de dados acerca de medicamentos mais citados para COVID-19 e pesquisadas possíveis interações entre os cinco mais citados no tratamento da COVID-19 e protocolos no tratamento de esquizofrenia, transtorno depressivo maior e transtorno afetivo bipolar. Foram excluídos ensaios não-clínicos, artigos que não apresentassem resultados (trials), artigos que apresentaram posterior retratação, artigos com idiomas estranhos aos autores e artigos relacionados a vacinas e terapias imunológicas que estão fora do escopo desse trabalho. Após as exclusões, foram considerados 117 estudos. Os medicamentos mais citados foram Hidroxicloroquina/Cloroquina (26 artigos), seguido por tocilizumab (10 artigos), ivermectina e rendesivir (oito artigos cada) e flavipinavir (sete artigos) A hidroxicloroquina e a cloroquina apresentaram vários resultados conflitantes e foram os medicamentos mais associados com interações medicamentosas em todas as classes de medicamentos estudadas.

Biografia do Autor

Victor Hugo Schaly Cordova, Faculdade de Farmácia Universidade Federal do Rio Grande do Sul UFRGS, Porto Alegre-RS. Av. Ipiranga, 2752 - Azenha, Porto Alegre - RS, 90610-000

Farmacêutico e mestrando em Psiquiatria e Ciências do Comportamento pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Biólogo pela Universidade do Extremo Sul Catarinense e Técnico em Patologia Clínica pelo Centro Educacional Abílio Paulo. Bolsista do programa PROEX da CAPES

Paulo Silva Belmonte-de-Abreu, Faculdade de Medicina UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS R. Ramiro Barcelos, 2400 - Santa Cecília CEP: 90035-002

Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do SUl

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Publicado

2023-07-03

Como Citar

Cordova, V. H. S., & Belmonte-de-Abreu, P. S. (2023). MEDICAMENTOS PSICOTRÓPICOS E COVID-19: MANEJO TERAPÊUTICO. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 35(2), 148–190. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e2.a2023.pp148-190

Edição

Seção

Artigo de Revisão