AUTOMEDICAÇÃO: HÁBITOS DURANTE UM PERÍODO DE PANDEMIA – ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • Margarida Espírito-Santo - Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal - Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CESUAlg), Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal http://orcid.org/0000-0002-2200-0015
  • M. Dulce Estêvão Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal http://orcid.org/0000-0002-7151-8363
  • Erica Campos Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal http://orcid.org/0000-0003-3312-5865

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e3.a2023.pp385-393

Palavras-chave:

automedicação, MNSRM, pandemia, suplementos alimentares

Resumo

A automedicação é uma prática muito comum e a pandemia de COVID-19 poderá ter criado condições para haver um maior recurso às farmácias comunitárias, particularmente em situações de doença ligeira. Esse estudo teve como objetivo analisar os hábitos de automedicação de uma amostra da população Portuguesa durante o período inicial da pandemia (março-novembro 2020), identificar os medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) e suplementos alimentares mais consumidos, bem como as situações que levaram os indivíduos a recorrer à automedicação e a informação sobre estes produtos. Foi realizado um estudo transversal, observacional, através da aplicação de um questionário com recurso a uma plataforma da internet, durante o mês de dezembro 2020. Os dados foram obtidos de forma anónima, e analisados com o programa IBM SPSS v26. A amostra em análise era composta por 170 indivíduos, tendo-se verificado que a pandemia parece não ter afetado a frequência de ida à farmácia. As situações que mais levaram as pessoas a recorrer à automedicação foram dores de cabeça e dores musculares. Os medicamentos mais utilizados neste período pelos participantes neste estudo foram os analgésicos e os anti-inflamatórios. Apesar de todas as restrições impostas pela situação pandémica, parece não ter havido um impacto negativo no recurso às farmácias comunitárias, nem um aumento significativo da prática de automedicação. Foi também assinalado o papel relevante dos profissionais de Farmácia, em particular nas situações de automedicação, como fonte de informação sobre o uso dos medicamentos e dos suplementos alimentares.

Biografia do Autor

Margarida Espírito-Santo, - Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal - Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CESUAlg), Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal

Docente (Professor Adjunto) na Escola Superior de Saúde - Universidade do Algarve, membro da área departamental de Farmácia. Investigação na área da farmácia clínica, uso responsável do medicamento, literacia em saúde e ferramentas tecnológicas aplicáveis à área da saúde.

M. Dulce Estêvão, Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal

Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, Área Departamental de Farmácia

Erica Campos, Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal

Escola Superior de Saúde, Universidade do Algarve, Área Departamental de Farmácia

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Publicado

2023-10-04

Como Citar

Espírito-Santo, M., Estêvão, M. D., & Campos, E. (2023). AUTOMEDICAÇÃO: HÁBITOS DURANTE UM PERÍODO DE PANDEMIA – ESTUDO TRANSVERSAL. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 35(3), 385–393. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v35.e3.a2023.pp385-393

Edição

Seção

Artigo Original