USO DE FÁRMACOS PSICOTRÓPICOS POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE ATUANTES DA ÁREA HOSPITALAR
DOI:
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v27.e1.a2015.pp14-21Palavras-chave:
psicofármacos, profissionais da saúde, uso racional de medicamentosResumo
Os objetivos deste estudo foram investigar a utilização de psicofármacos e os fatores associados ao seu uso entre os profissionais da saúde de um hospital de Santa Cruz do Sul, RS. Caracteriza-se por um estudo transversal, com coleta de dados por meio de questionário autoaplicável, não identificável e estruturado com perguntas abertas e fechadas, no período de setembro e outubro de 2012. Foram entrevistados 106 profissionais, sendo 91,5% mulheres, 74,5% técnicos de enfermagem e 40,57% atuantes em Unidades de Internação. Dos 106 participantes da pesquisa, 23 (21,7%) faziam uso de psicofármacos; com maior consumo entre profissionais atuantes em Unidades de Terapia Intensiva (34,78%) e Unidades de Internação (34,78%), com carga horária semanal de trabalho superior a 60 horas (50%), incluindo situações de mais de um vínculo empregatício. Observou-se maior prevalência no consumo de psicofármacos entre técnicos de enfermagem (22,8%). Os principais motivos apontados para o início do uso dos medicamentos em estudo foram a depressão, a ansiedade e a insônia. A falta de conhecimento sobre as características dos medicamentos e tratamento também foram observadas. Os resultados desse estudo apontam para um elevado consumo de psicofármacos entre profissionais de saúde e que há necessidade de maior comunicação entre usuários e prescritores, além da
busca por orientação farmacêutica, a fim de elucidar dúvidas quanto ao tratamento, visando o uso racional e correto de medicamentos.
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