ESTUDO COMPARATIVO DO CONTROLE DA QUALIDADE DE COMPRIMIDOS DE NIMESULIDA COMPLEXADA E NÃO COMPLEXADA COM Β-CICLODEXTRINA

Autores

  • Mariana de Oliveira Jesus Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE
  • Vitória Alves de Moraes Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE
  • Bruno dos Santos Lima Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE
  • Paula dos Passos Menezes Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE http://orcid.org/0000-0002-4908-540X

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e4.a2020.pp353-365

Palavras-chave:

controle de qualidade, β-ciclodexrtina, nimesulida

Resumo

O controle da qualidade de sólidos por meio de ensaios físico-químicos apresenta grande importância na garantia da qualidade de medicamentos. Diante disto, este estudo teve como objetivo comparar a qualidade de comprimidos de nimesulida com β-ciclodextrina (Maxsulid®) e sem β-ciclodextrina (Nisulid®) como forma de investigar se os testes vigentes se aplicam às formas farmacêuticas que contenham complexos de inclusão com ciclodextrinas em sua composição. Para tal, foram realizados ensaios físico-químicos descritos na Farmacopeia Brasileira 6ª edição para comprimidos de nimesulida. Frente ao exposto, ambos os medicamentos obtiveram resultados satisfatórios na maioria dos testes de caracterização físico-química. Os testes de doseamento e dissolução foram realizados por meio de determinações quantitativas utilizando a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência. Os resultados do doseamento mostraram que a metodologia aplicada não está adequada para extrair o fármaco do complexo de inclusão e assim doseá-lo de maneira eficiente. No teste de dissolução, os dois medicamentos foram aprovados de acordo com os critérios estabelecidos na Farmacopeia Brasileira. Porém, Maxsulid® foi o único a obter sua totalidade dissolvida em 120 minutos. Dessa forma, fica clara a importância da implementação de protocolos analíticos adequados às novas tecnologias aplicadas na produção de medicamentos.

Biografia do Autor

Mariana de Oliveira Jesus, Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE

Graduanda em Farmácia, Departamento de Farmácia, desenvolve pesquisa na área de Controle de qualidade físico-químico de medicamentos.

Vitória Alves de Moraes, Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE

Graduanda em Farmácia, Departamento de Farmácia, desenvolve pesquisa na área de Controle de qualidade físico-químico de medicamentos.

Bruno dos Santos Lima, Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE

Farmacêutico, graduado pela Universidade Federal de Sergipe (2015). Mestre em Ciências Farmacêuticas. Atualmente, é doutorando no PPGCF - UFS, atuando no Laboratório de Ensaios Farmacêuticos e Toxicidade (LeFT/UFS). Tem experiência na área de Desenvolvimento e Controle de Qualidade de Fármacos e Medicamentos, Tecnologia Farmacêutica, Sistemas de Liberação de Fármacos, Cromatografia e em Análises Qualitativas e Quantitativas em geral. Foi bolsista de graduação sanduíche no exterior pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), desempenhando estudos de pesquisa na University of Calgary, Canadá. Possui artigos publicados em revistas internacionais e nacionais, depósitos de patentes no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), além de prêmios em eventos científicos, incluindo o prêmio Jovem Cientista (2016) e Pesquisador Júnior (2018) promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE). Foi Professor Colaborador Voluntário das disciplinas Controle de Qualidade Físico-Químico e Operações Unitárias Farmacêuticas no Curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe (Campus São Cristóvão), entre os anos de 2017 - 2019.

Paula dos Passos Menezes, Departamento de Farmácia Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Universidade Federal de Sergipe São Cristóvão-SE

Farmacêutica pela Universidade Federal de Sergipe (UFS-2014), Mestra em Ciências da Saúde (UFS-2015) e Doutora (2019) pelo mesmo programa, na área de concentração Estudos Clínicos e Laboratoriais em Saúde, com período sanduíche (2017-2018) na Divisão de Biomateriais e Biomecânica do Departamento de Odontologia Restaurativa da Oregon Health & Science University (OHSU-Portland-EUA). Experiência docente em disciplinas do núcleo profissionalizante do curso de Farmácia. Pesquisadora colaboradora do Laboratório de Ensaios Farmacêuticos e Toxicidade (LeFT-UFS). Atua principalmente na área de Tecnologia Farmacêutica, com ênfase em sistemas de liberação de fármacos, como complexos de inclusão e nanopartículas utilizando produtos naturais, biomateriais têxteis, impressão 3D, engenharia tecidual, medicina regenerativa e células tronco. Além disso, tem experiência com diversas técnicas analíticas, bem como ensaios clínicos e pré-clínicos. Participa de importantes sociedades profissionais e atua como revisora ad hoc de diversos periódicos científicos internacionais. Dra. Paula Menezes possui 49 artigos publicados em revistas internacionais de impacto importante para sua área de atuação, 20 depósitos de patentes no INPI e recebeu 18 prêmios incluindo Melhor Dissertação de Mestrado (2015), Prêmio de Jovem Cientista (2013), Pesquisador Jr (2015 e 2017), Inventor Independente (2019). Adicionalmente, Paula é coordenadora das redes sociais SejaPhD onde trata de temas relacionados a pós-graduação com ênfase em escrita de textos científicos.

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Publicado

2020-12-08

Como Citar

Jesus, M. de O., Moraes, V. A. de, Lima, B. dos S., & Menezes, P. dos P. (2020). ESTUDO COMPARATIVO DO CONTROLE DA QUALIDADE DE COMPRIMIDOS DE NIMESULIDA COMPLEXADA E NÃO COMPLEXADA COM Β-CICLODEXTRINA. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 32(4), 353–365. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e4.a2020.pp353-365

Edição

Seção

Artigo Original