EFEITOS DE POLISSACARÍDEOS DO JAMBO NO MODELO TUMORAL SOLIDO DE EHRLICH EM CAMUNDONGOS
DOI:
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v32.e1.a2020.pp86-100Palavras-chave:
câncer, polissacarídeos, Syzygium jambos, tumor de Ehrlich, inflamação.Resumo
O tratamento de câncer envolve fármacos que podem causar diversos efeitos colaterais. Assim, existe uma busca por tratamentos com menor toxicidade. Dentre os compostos estudados, os polissacarídeos de plantas superiores destacam‑se como antioxidantes e antitumorais. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos antitumorais in vivo de polissacarídeos do jambo (Syzygium jambos (L.) Alston) e da associação destes com um tratamento padrão (metotrexato), utilizando como ferramenta o tumor sólido de Ehrlich em camundongos. Os grupos de camundongos inoculados com células tumorais foram: I) Controle negativo (água destilada), II) PJ 100 (polissacarídeos do jambo, 100 mg/kg), III) PJ 150, IV) PJ 250, V) Controle positivo (metotrexato dose menor – MTX 1,5 mg/kg), VI) Controle positivo (MTX dose maior – 2,5 mg/kg) e VII) PJ 250 + MTX 2,5 mg/kg. Houve redução no peso tumoral pelos PJ, principalmente com PJ 250 (‑45%), semelhante à inibição causada pelo MTX 2,5 (‑43%), enquanto a associação PJ+MTX não potencializou esta inibição. No tecido tumoral, os PJ reduziram os níveis de parâmetros inflamatórios em relação ao controle negativo, porém a redução não foi dose‑dependente. Os PJ elevaram a atividade da superóxido dismutase tumoral e não causaram alterações hematológicas. Os PJ também não causaram danos relevantes ao fígado, órgão‑alvo de toxicidade de fármacos. Conclui‑se que os PJ reduziram o crescimento do tumor de Ehrlich, provavelmente por modulação do processo inflamatório no microambiente tumoral, evidenciando o potencial adjuvante dos PJ em quimioterapias. Assim, seus efeitos deverão ser ainda investigados em outros modelos tumorais e tipos celulares.
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