MONITORAMENTO DE INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS E OS MEDICAMENTOS CONVENCIONAIS PELO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA BRASILEIRO

Autores

  • Andre Luis Dias Araujo Mazzari Department of Pharmaceutical and Biological Chemistry, UCL School of Pharmacy, London, UK
  • Jose Maria Prieto Department of Pharmaceutical and Biological Chemistry, UCL School of Pharmacy, London, UK

DOI:

https://doi.org/10.14450/2318-9312.v26.e3.a2014.pp193-198

Palavras-chave:

Farmacovigilância, Interações de medicamentos, medicamentos fitoterápicos, plantas medicinais, metabolismo, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Resumo

O consumo de plantas medicinais e fitoterápicos está cada vez mais em expansão pelo mundo. Contudo, os fitoterápicos, como qualquer xenobiótico, podem causar alterações farmacocinéticas no organismo, ocasionando distúrbios nos metabolismos de fase 1 e fase 2, devido à inibição ou indução de enzimas metabólicas. Em caso de coadministração de plantas medicinais e/ou fitoterápicos com medicamentos convencionais, poderá haver interações que comprometem a eficácia do último, ocasionando uma falha terapêutica. Como ensaios pré-clínicos farmacocinéticos não são uma exigência regulatória para que um medicamento fitoterápico seja registrado, os casos de interações com fármacos convencionais (Herb-Drug Interactions - HDI) acabam sendo revelados somente na fase de pós-comercialização, ou seja, pelos sistemas de farmacovigilância. Inúmeros países já reportaram casos de HDI através de seus respectivos centros de farmacovigilância à Organização Mundial de Saúde (OMS), mas até o momento, o Brasil não reportou nenhum oficialmente. Além disso, durante os primeiros 10 anos de monitoramento, nenhum caso de HDI envolvendo plantas medicinais brasileiras foi apresentado. Sabe-se que aproximadamente 90% da população brasileira fazem uso de plantas medicinais e fitoterápicos, e que casos de HDI podem estar acontecendo sem serem percebidos e/ou notificados. Para que este cenário mude, é necessário que se adote medidas que visem ao estímulo do profissional de saúde à comunicação de suspeita de HDI para o centro de farmacovigilância, bem como a educação continuada destes profissionais, com a inclusão de especialistas em medicina tradicional no sistema de saúde, além de campanhas de prevenção à automedicação de plantas medicinais e fitoterápicos pela população, que atualmente não é praticado no Brasil.

Biografia do Autor

Andre Luis Dias Araujo Mazzari, Department of Pharmaceutical and Biological Chemistry, UCL School of Pharmacy, London, UK

PhD Student at UCL School of Pharmacy

Department of Pharmaceutical & Biological Chemistry

Jose Maria Prieto, Department of Pharmaceutical and Biological Chemistry, UCL School of Pharmacy, London, UK

Lecturer in Pharmacognosy at UCL School of Pharmacy

Department of Pharmaceutical & Biological Chemistry

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Publicado

2014-09-17

Como Citar

Mazzari, A. L. D. A., & Prieto, J. M. (2014). MONITORAMENTO DE INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS E OS MEDICAMENTOS CONVENCIONAIS PELO SISTEMA DE FARMACOVIGILÂNCIA BRASILEIRO. Infarma - Ciências Farmacêuticas, 26(3), 193–198. https://doi.org/10.14450/2318-9312.v26.e3.a2014.pp193-198

Edição

Seção

Nota Técnica