CUIDADO FARMACÊUTICO A PACIENTES IDOSOS EM UM HOSPITAL DE GRANDE PORTE
DOI:
https://doi.org/10.14450/2318-9312.v34.e3.a2022.pp248-259Palavras-chave:
saúde do idoso, multimorbidade, polimedicação, cuidados farmacêuticosResumo
O processo de envelhecimento está frequentemente associado à presença de múltiplas comorbidades e, consequentemente, à polifarmácia. Além disso, indivíduos idosos normalmente apresentam condições que demandam atenção especial nos cuidados à saúde, como comprometimento cognitivo, alterações fisiológicas e necessidade de suporte social, o que pode comprometer a autonomia destes indivíduos. O presente estudo teve por objetivo descrever o perfil clínico e sociodemográfico dos pacientes idosos acompanhados em um hospital de grande porte, localizado no município de São Paulo, SP, Brasil, quais as atividades clínico-assistenciais desenvolvidas no cuidado farmacêutico e pontos a serem melhorados. Trata-se de um estudo transversal, com coleta de dados em sistemas informatizados institucionais, de forma retrospectiva, no período de junho de 2018 a julho de 2021. Foram consideradas as variáveis sociodemográficas e assistenciais relacionadas ao acompanhamento farmacoterapêutico, onde a média de idade da população do estudo foi de 79 ±7 anos, baixa escolaridade e prevalência do gênero feminino. Foram observadas em média 5 ±2,5 comorbidades por paciente, o uso de 13 ±3,4 medicamentos e tempo de acompanhamento farmacoterapêutico médio de 12 ±10,8 meses, com predominância de 10 meses, período em que se desenvolveram diversas estratégias para a melhora da adesão ao tratamento. Este estudo possibilitou identificar que os principais pontos de intervenção farmacêutica foram relacionados à adesão ao tratamento, o baixo grau de entendimento sobre a farmacoterapia, duplicidade de prescrições, armazenamento inadequado de medicamentos, entre outros, para os quais foram desenvolvidas estratégias visando a resolução destes problemas, com destaque para ações de educação em saúde, elaboração de tabela de orientação e solicitação de automonitoramento residencial glicêmico e pressórico. Ademais, as limitações encontradas devido à falta de registros das intervenções com a equipe médica e informações sobre perda de seguimento, indicam a oportunidade de melhoria dos registros farmacêuticos.
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